Documentos de tutela de Britney permanecerão lacrados para proteger registros médicos

Estamos disponibilizando a tradução de recente artigo do Los Angeles Times sobre a última audiência de Britney que rolou mais cedo esse mês:

Documentos de tutela de Britney Spears permanecerão lacrados para proteger registros médicos

A tutela de Britney Spears acabou, mas os processos legais continuam. E eles estão ficando ainda mais controversos.

A juíza do Tribunal Superior de Los Angeles, Brenda Penny, concedeu uma moção para selar o plano de rescisão da tutela de quase 14 anos da cantora para proteger seu “direito à privacidade sobre suas informações médicas privadas”. Penny também rejeitou o pedido do pai de Spears para reservar fundos na tutela, de acordo com documentos judiciais revisados ​​posteriormente pelo The Times.

Essas decisões foram tomadas durante uma audiência acalorada discutindo finanças e contabilidade, bem como solicitações feitas por vários ex-advogados para cobrar honorários advocatícios incorridos.

Voltando para a última audiência, o advogado da artista, Mathew Rosengart, que foi instrumental para encerrar sua tutela em novembro, rejeitou a noção de que Spears deveria pagar a seu pai Jamie Spears estimados US$ 30 milhões em contas legais enquanto ele servia como seu curador. Rosengart também encerrou fervorosamente a sugestão do advogado de Jamie para que os registros médicos do artista fossem abertos.

Em documentos judiciais, Rosengart disparou uma série de objeções aos pedidos de Jamie Spears, acusando-o de má conduta financeira e outras impropriedades, como ler as notas de terapia de sua filha de 40 anos e comunicações privilegiadas com seus advogados.

A tensão continuou no tribunal, quando os advogados discutiram sobre supostas “mentiras” que eles acreditam ter moldado a opinião pública sobre o caso.

O advogado de Jamie Spears, Alex M. Weingarten, acusou Rosengart de plantar histórias falsas na mídia, informou a Variety, uma alegação que Rosengart negou veementemente.

Rosengart teria pedido que Weingarten fosse advertido: “Ele me atacou. Ele atacou neste tribunal. E isso é intolerável”, disse Rosengart.

De fato, grande parte do caso da artista do hit “... Baby One More Time” estava envolto em mistério, mas a cantora finalmente se manifestou e afirmou no verão passado que se sentiu constrangida e abusada sob o acordo legal, que há muito tempo controlava suas atividades diárias, bem como suas finanças, por quase 14 anos antes de ser encerrado.

Weingarten no tribunal supostamente alegou que a tutela foi posta em prática porque a cantora "foi irresponsável com suas finanças". Mas Penny encerrou essa declaração, dizendo: “Por favor, não vamos lá. Não vamos por esse caminho.”

O processo de encerramento do caso ainda parece longe de terminar. Rosengart pediu que uma audiência probatória sobre contabilidade seja agendada, e novas datas de julgamento devem ser marcadas para questões envolvendo a administração da cantora, a Tr1 Star Sports & Entertainment Group e outras partes.

A próxima grande audiência no caso foi marcada para 27 de julho. Outras foram marcadas para 16 de março, 1º de abril e 2 de dezembro, de acordo com registros do tribunal.

Antes da recente audiência, os advogados de Jamie Spears e da ex-esposa Lynne Spears entraram com petições para pagamento de honorários advocatícios. A equipe jurídica de Jamie Spears argumentou que o espólio de sua filha deveria pagar por suas despesas legais para garantir que a tutela seja encerrada adequadamente e porque Jamie não cometeu irregularidades.

Mas em uma objeção de 256 páginas ao pedido de Jamie Spears apresentada na última semana, Rosengart acusou Jamie Spears de crimes como "abuso de conflitos de interesse, má gestão financeira e corrupção da tutela implicando em leis penais estaduais e federais".

Jamie Spears, o ex-conservador de longa data da lucrativa propriedade da cantora, supostamente pagou quase US$ 6 milhões da propriedade de Britney para a empresa Bl@ck Box Security, que obteve registros telefônicos privados de Britney e outros, informou o New York Times .

Também confirmou relatos da mídia de que Jamie contratou a Bl@ck Box Security para monitorar o telefone de Britney, incluindo suas comunicações com seu advogado, a gravou secretamente em seu quarto e obteve “dados de ping” de GPS para rastrear a localização de pessoas próximas à cantora, diz nos documentos judiciais.

Além disso, uma declaração arquivada para a investigadora forense da Kroll Sherine Ebadi - uma ex-agente do FBI contratada pela equipe jurídica da cantora - corroborou as alegações bombásticas feitas em um documentário do FX de que Jamie Spears vigiava ilegalmente sua filha e concluiu que ele poderia estar sujeito a persecução penal. A investigação também identificou vários casos em que Jamie Spears se envolveu em má conduta financeira, autonegociação e má gestão como conservador.

No tribunal, Rosengart disse que a investigação produziu “fortes evidências” de que Jamie Spears estava envolvido em uma vigilância “muito intensa e potencialmente ilegal” do artista.

O caso da tutela não apenas esclareceu o arranjo legal de Britney Spears, mas também questões mais amplas que giram em torno das tutelas como um todo. No dia da última audiência, grupos de direitos dos deficientes e membros do movimento viral #FreeBritney Los Angeles se juntaram ao membro da Assembleia da Califórnia Brian Maienschein para promover uma legislação que eles dizem priorizar alternativas menos restritivas às tutelas e estabelecer maiores proteções para os conservadores.

A audiência também ocorreu em meio a uma crescente disputa de mídia entre Britney e sua irmã mais nova, Jamie Lynn Spears - Rosengart enviou uma carta de cessar e desistir para Jamie Lynn, 30, recentemente, ameaçando entrar com uma ação legal se ela continuar a falar sobre Britney enquanto promove seu novo livro, "Things I Should Have Said".

Britney já acusou Jamie Lynn de vender suas memórias "às custas" dela, enquanto a jovem Spears continuou a dar entrevistas sobre o livro. Jamie Lynn afirmou que seu livro “não é sobre” Britney, mas ainda faz referência a ela repetidamente.

As irmãs têm trocado farpas nas mídias sociais, com Britney atacando sua irmã por discutir publicamente suas vidas e a tutela antes que Britney tivesse a chance. (Na outra semana, o The Sun informou que Britney Spears poderia estar conversando com Oprah Winfrey para uma entrevista.)

A carta de Rosengart chama o livro de “inoportuno” e acusa Jamie Lynn de fazer “afirmações enganosas ou ultrajantes” sobre Britney. A carta também exige que Jamie Lynn “cesse e desista de fazer referência depreciativa a Britney” durante sua campanha promocional. Se ela não o fizer ou difamar a cantora, “Britney será forçada a considerar e tomar todas as medidas legais apropriadas”.

“Britney não leu e não pretende ler seu livro, ela e milhões de seus fãs ficaram chocados ao ver como você a explorou para ganho monetário. Ela não vai tolerar isso, nem deveria”, diz a carta, que foi obtida pelo TMZ e Page Six.

Artigo original do LA Times: Clique aqui.